Produção no Brasil segue reduzida

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  • Tereos, grande produtor global, divulgou em 4 de agosto um forte recuo no lucro trimestral (EBITDA ajustado de €56 mi, queda de 79 %; prejuízo líquido de €65 mi), atribuindo à baixa nos preços do açúcar e à depreciação do dólar que elevou a concorrência do etanol à base de milho na Europa. A expectativa é de recuperação gradual, mas o primeiro trimestre ainda é tradicionalmente fraco para a cooperativa Reuters.

  • Produção no Brasil segue reduzida: até meados de junho, a região Centro-Sul registrou queda de 11,6 % a 14,6 % em comparação com o ano anterior, conforme dados da Unica Nasdaqpalmettograin.comBarchart.com. A Conab projetou queda de 3,4 % na safra 2024/25, devido a secas e calor extremo falmouthfarmsupply.com+8Nasdaq+8elkhart.coop+8.

  • Preços internacionais: os contratos futuros de açúcar (ICE #11) estiveram perto de 16,6 a 16,7 cts/lb, estáveis com leve tendência de alta nas últimas semanas, impulsionados por forte real brasileiro e altas no petróleo, que favorecem o etanol czapp.com+4linkedin.com+4hedgepointhub.com+4.

  • Perspectiva global: a USDA prevê que a produção mundial em 2025/26 crescerá +4,7 % (até cerca de 189 MMT), com estoques recordes ao redor de 41 MMT, o que pressiona os preços. A Índia também deve elevar a produção em até 25 % e a Tailândia tem perspectiva de crescimento na produção, sustentando a tendência de oferta abundante Nasdaq+6Nasdaq+6Nasdaq+6.

  • Contexto nacional: Tereos apontou redução de rendimento já no início da safra brasileira, reforçando o aperto de oferta. No Brasil, há ainda previsão de produção recorde de açúcar para a safra 2025/26 (~45,9 MMT), apesar da retração de etanol-de-cana, com aumento de etanol de milho para compensar Reuters.


📊 Análise de Mercado

  • A queda na produção no Brasil traz suporte de curto prazo aos preços, mas o cenário mais amplo — com produção elevada na Ásia e estoques globais aquecidos — exerce pressão baixista.

  • A valorização do real frente ao dólar e altos preços do petróleo sustentam demanda por etanol e, consequente, por açúcar, reduzindo oferta destinada ao açúcar.

  • A Tereos mostra sofrimento financeiro, o que sinaliza que grandes players globais sentem os reflexos da atual conjuntura.

  • No horizonte, produção crescente na Índia e Tailândia, aliada a estoques robustos, deve impedir uma retomada significativa nos preços.

  • O equilíbrio é frágil: mesmo com oferta apertada no Brasil, o excedente global pode manter os preços sem grandes valorização.

⚖️ Expectativa:

  • Preços estáveis a ligeiramente ascendentes no curto prazo, dentro da faixa de 16,5 a 17 cts/lb.

  • Riscos de baixa persistem se a safra global confirmar expansão conforme projetado.

  • O real mais forte pode trazer benefícios para exportadores brasileiros, ao melhorar margens em reais mesmo com preços em dólar.

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