Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (20) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado foi impactado por um movimento natural de realização de lucros depois de testar máximas de mais de uma década.

O terminal norte-americano, por exemplo, registrou na véspera máximas de 12 anos.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registrou desvalorização de 2,06% no dia, a 27,15 cents/lb, com máxima em 27,64 cents/lb e mínima de 27,04 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,82%, a US$ 726,50 a tonelada.

As máximas de décadas testadas nos últimos dias nas bolsas internacionais para o adoçante foram causadas acompanhando as preocupações dos operadores de mercado em meio preocupações com a oferta. Agora, os preços se ajustam com um movimento natural de realização de lucros.

“As notícias de alta parecem agora estar amplamente incorporadas no preço, de modo que a margem para ganhos adicionais pode ser limitada”, destacou a agência de notícias Reuters.

As preocupações com a oferta estão diretamente ligadas aos problemas nas lavouras diante das origens asiáticas por conta do fenômeno climático El Niño. A Índia, inclusive, pode ter que proibir os embarques do adoçante nessa nova temporada em outubro.

Já no Brasil, a safra 2023/24 tem avançado bem e as expectativas são positivas.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar saltaram forte no início de setembro no Brasil acompanhando o cenário internacional. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 151,83 a saca de 50 kg com valorização de 0,21%.

Já o etanol, teve cenário diferente nos últimos dias, com maiores volumes do produto sendo vendidos do tipo hidratado, a preços mais baixos.