© Reuters. Canan1/01/2019nREUTERS/Marcelo Texeira
NOVA YORK (Reuters) – Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE caíram nesta quarta-feira, atingindo o menor preço em quase quatro anos, em meio a uma perspectiva melhor para a produção global, enquanto os futuros do café robusta recuaram para o menor preço em cinco meses e meio, pressionados pelo aumento da oferta e por dados técnicos baixistas.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto caiu 0,32 centavo, ou 1,9%, fechando a 16,90 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir 16,85 centavos, o menor preço desde meados de julho de 2021.
* Os comerciantes observaram que o clima global tem sido propício para a recuperação da produção, com o clima seco no Brasil favorecendo um ritmo acelerado da colheita, enquanto o tempo mais úmido na Índia e na Tailândia ajudou a desenvolver as plantações de cana-de-açúcar.
* “Já temos um bom começo para a monção do Sudeste Asiático. Isso deve garantir uma boa safra para a Tailândia, e o início das monções está bem adiantado para a Índia, o que será bom para a safra”, disse o McDougall Global View Sugar Report.
* Os comerciantes estavam aguardando a divulgação, nesta semana, dos dados de produção de cana e açúcar do centro-sul do Brasil.
* Os analistas consultados pela S&P Global Commodity Insights tinham uma estimativa média para a produção de açúcar de 2,29 milhões de toneladas, uma queda de 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
* O açúcar branco caiu 2,3%, a US$471,40 por tonelada.
CAFÉ
* O café robusta caiu US$104, ou 2,2%, encerrando a US$4.592 por tonelada, depois de ter atingido o nível mais baixo em cinco meses e meio, de US$4.534.
* Os negociantes disseram que os suprimentos foram impulsionados pelas novas safras do Brasil e da Indonésia, enquanto o mercado parecia tecnicamente baixista após seu fraco desempenho recente.
* O café arábica perdeu 2,7%, para US$3,5195 por libra-peso.
* A colheita de café arábica do Brasil está começando com sentimentos mistos, já que as operações confirmam as previsões de uma safra menor durante o chamado “ano de baixa”, enquanto o tamanho dos grãos mostra melhora.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)