© Reuters.
A analista de açúcar da Hedgepoint Livia Coda disse em nota que as usinas estão destinando menos cana para a produção de açúcar do que o inicialmente estimado, devido principalmente à qualidade inferior da safra em comparação com a temporada passada, bem como ao ritmo acelerado da colheita.
A Hedgepoint reduziu sua visão sobre a alocação de cana para o açúcar, o chamado mix de açúcar, de 51,2% para 50,3% da safra.
As usinas nacionais têm certa flexibilidade para alterar a alocação da cana para a produção de açúcar e etanol, dependendo dos preços de mercado. Quando o açúcar proporciona melhores retornos financeiros, elas aumentam a quantidade de cana destinada a esse produto, em detrimento da produção de etanol.
Analistas e operadores esperavam uma alocação recorde de cana para o açúcar este ano, depois que várias usinas fizeram investimentos em suas plantas para permitir uma maior produção de açúcar, mas os dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostraram que o mix de açúcar aumentou menos do que o esperado.
“Nós havíamos superestimado o mix de açúcar. Agora parece razoável revisar para baixo nossa projeção”, disse a analista.
Ela afirmou que a safra está apresentando menor qualidade em termos de teor de açúcar do que no ano passado, depois de um clima desfavorável durante o desenvolvimento da safra.
A Hedgepoint, no entanto, elevou ligeiramente sua estimativa sobre a quantidade de cana-de-açúcar a ser moída nesta temporada, de 613 milhões de toneladas anteriormente para 620 milhões de toneladas, observando os altos volumes de moagem nos primeiros meses da nova temporada.
(Por Marcelo Teixeira, em Nova York)