Açúcar se recupera em NY e Londres nesta 4ª com fortalecimento do real

Porto de Santos, maior polo exportador de açúcar do país, completa 131 anos
Publicado em 20/03/2024 15:40
Mercado sentiu pressão na véspera com foco em melhores informações sobre a safra na Ásia e Centro-Sul do Brasil

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As cotações futuras do açúcar finalizaram a sessão desta quarta-feira (20) com alta moderada a expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte do câmbio, com fortalecimento do real, além de ajuste de posições depois de queda com foco nas origens.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,60% no dia, cotado a 21,77 cents/lb, com máxima em 21,80 cents/lb e mínima de 21,13 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato do adoçante saltou 1,44%, a US$ 628,80 a tonelada.

O mercado do açúcar oscilou dos dois lados da tabela nesta quarta-feira, mas a alta foi consolidade diante do fortalecimento do real sobre o dólar e ajuste de posições, após queda na véspera acompanhando melhores dados sobre as principais origens produtoras do adoçante.

“Os preços do açúcar se recuperaram das mínimas de uma semana e estão moderadamente mais altos, uma vez que a força do real brasileiro desencadeou coberturas vendidas nos futuros do açúcar”, destacou o Barchart. O real mais forte desencoraja as exportações do adoçante.

Os preços internacionais do adoçante recuperam parte das perdas recentes. A pressão vinha da melhora no final da colheita na Índia e na Tailândia, os dois principais produtores asiáticos. Além disso, há previsão de chuvas para a safra 2024/25 do Centro-Sul.

 

Uma das mais recentes estimativas de moagem de cana-de-açúcar, da consultoria Datagro, prevê a moagem no Centro-Sul no Brasil no ciclo 2024/25 em 592 milhões de toneladas acompanhando o cenário climático. O volume representa uma queda de 9,8% ante o recorde do ciclo anterior.

No financeiro, o petróleo caía cerca de 2% nas bolsas externas nesta quarta e dava alguma pressão ao mercado do adoçante. As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão sobre o mix das usinas, se serão mais voltados para produção do adoçante ou do etanol.

MERCADO INTERNO

O mercado spot do açúcar voltou a reagir nos últimos dias com aquecimento da demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,01 a saca de 50 kg com baixa de 0,28%.

Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 165,98 – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,59 c/lb com valorização de 1,41%.

Por:

 Jhonatas Simião
Fonte:

Notícias Agrícolas

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