Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (04) com alta nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado oscilou dois lados da tabela, mas a alta prevaleceu com indicativos de déficit na safra global 2023/24.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,01%, a 25,93 cents/lb, com máxima em 26,27 cents/lb e mínima de 25,28 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 0,30%, a US$ 691,20 a tonelada.
Depois de iniciar o dia em baixa nas bolsas externas acompanhando a queda de cerca de 3% do petróleo no dia, o mercado do açúcar passou a subir nesta tarde nos terminais com atenção do mercado para uma divulgação da trading inglesa Czarnikow.
A entidade anunciou que espera um déficit global de 3,2 milhões de toneladas na temporada 2023/24.
“Este déficit cresceu… como resultado das más colheitas da Índia e Tailândia, bem como de problemas de produção em vários países latino-americanos, como a Colômbia e o México”, disse a trading inglesa em sua atualização de estimativas.
Já no Brasil, as expectativas são positivas com a produção. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe na semana passada que na 1ª metade de setembro a produção de açúcar no Centro-Sul totalizou 3,12 milhões de toneladas. Um avanço de 8,54% ante o período em 2022.
Os ganhos do açúcar foram limitados no financeiro com o petróleo, que caía forte. As oscilações do óleo bruto impactam diretamente na decisão de produção das usinas por açúcar ou etanol com base na rentabilidade dos produtos.
MERCADO INTERNO
O avanço do açúcar nas bolsas externas tem garantido bons patamares também no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 156,80 a saca de 50 kg com valorização de 0,90%.
“Esse cenário fez com que usinas paulistas direcionassem um maior volume do cristal para as exportações, em especial o tipo Icumsa 150, reduzindo, assim, a oferta para as vendas internas”, destacou Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
Jhonatas Simião
Notícias Agrícolas