Alta moderada nos contratos internacionais, mas tendência de baixa persistente

  1. Alta moderada nos contratos internacionais, mas tendência de baixa persistente

  2. Pressão de oferta global muito forte

    • A produção de açúcar no Brasil e na Índia está muito alta, o que está pressionando os preços globais para baixo. Portal do Agronegócio+2Portal do Agronegócio+2

    • Segundo relatório do USDA, a produção mundial de açúcar deve crescer para 189,318 milhões de toneladas na temporada 2025/26 (alta de cerca de 4,7% em relação à safra anterior). SAFRAS & Mercado

    • Com esse crescimento, o USDA estima um excedente global de 11,397 milhões de toneladas para 2025/26. SAFRAS & Mercado

  3. Câmbio favorece recuperação pontual

    • A valorização do real frente ao dólar está ajudando a dar suporte aos contratos de açúcar, porque torna a produção brasileira mais competitiva. Portal do Agronegócio+1

    • Também há impacto positivo de fatores externos, como os preços do petróleo, que influenciam a decisão de produção de etanol vs. açúcar nas usinas. Portal do Agronegócio

  4. Moagem de cana no Brasil em expansão

    • A moagem no Centro-Sul do Brasil avançou, segundo a UNICA, o que eleva a produção de açúcar. Portal do Agronegócio

    • O mix de produção das usinas também está mais voltado para açúcar (em vez de etanol), o que contribui para o aumento da oferta de açúcar. Portal do Agronegócio

  5. Exportações brasileiras recuam

    • Apesar do aumento da produção, as exportações brasileiras de açúcar registraram queda em setembro de 2025. BBM Bolsa

    • Isso pode indicar que parte do açúcar está ficando para abastecimento interno ou que há gargalos logísticos/exportação.

  6. Risco na Índia com pagamentos a fornecedores

    • A ISMA (Associação Indiana de Açúcar e Bioenergia) alertou para risco de aumento de atrasos nos pagamentos aos produtores de cana, por causa de cortes na alocação de etanol e preços baixos de açúcar. The Economic Times

    • Isso pode gerar pressão social e logística na indústria indiana, e potencialmente impactar a produção futura.

  7. Tarifa elevada no México

    • O México impôs uma tarifa alta para importação de açúcar: 156% para açúcar comum, e 210,44% para açúcar líquido refinado. Reuters

    • Essa medida visa proteger os produtores domésticos diante da queda dos preços globais, mas pode reduzir importações mexicanas e afetar fluxos comerciais de açúcar.


2. Análise simplificada

  • Por que o açúcar está barato agora?
    Porque há muito açúcar no mundo: Brasil e Índia produziram bastante, o que gerou excesso de oferta. Com mais açúcar disponível que demanda, os preços caem.

  • O que está sustentando uma recuperação recente?
    O real mais forte torna o açúcar brasileiro mais valioso para exportação, e há incertezas sobre oferta global que ajudam a dar um “respiro” nos preços.

  • Qual o risco para os produtores de cana?
    Nos países como a Índia, os produtores podem ter problemas de caixa se não receberem os pagamentos da usina, especialmente se parte da cana deixar de ir para etanol (mudança no mix produção). No México, a alta tarifa para importar açúcar pode restringir os mercados de venda para produtores de fora.

  • E o que podemos esperar para o futuro próximo?

    • Se a produção continuar alta e a exportação não absorver esse excedente, os preços podem seguir pressionados.

    • Por outro lado, se houver cortes na produção, ou se o câmbio continuar beneficiando os exportadores brasileiros, pode haver novas altas pontuais.

    • Mudanças políticas (tarifas, subsídios, regras de etanol) em grandes países produtores/importadores podem alterar bastante o cenário.

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