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Alta moderada nos contratos internacionais, mas tendência de baixa persistente
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O açúcar registrou uma leve recuperação nas bolsas de Nova Iorque e Londres. Notícias Agrícolas+2Portal do Agronegócio+2
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Mesmo com a alta recente, os preços acumulam uma queda significativa em 2025 – cerca de 16,41% nos contratos futuros, segundo a Barchart. Notícias Agrícolas+1
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Em Londres, por exemplo, o contrato de dezembro/25 do açúcar branco fechou em US$ 408,70 por tonelada. Notícias Agrícolas
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Pressão de oferta global muito forte
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A produção de açúcar no Brasil e na Índia está muito alta, o que está pressionando os preços globais para baixo. Portal do Agronegócio+2Portal do Agronegócio+2
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Segundo relatório do USDA, a produção mundial de açúcar deve crescer para 189,318 milhões de toneladas na temporada 2025/26 (alta de cerca de 4,7% em relação à safra anterior). SAFRAS & Mercado
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Com esse crescimento, o USDA estima um excedente global de 11,397 milhões de toneladas para 2025/26. SAFRAS & Mercado
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Câmbio favorece recuperação pontual
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A valorização do real frente ao dólar está ajudando a dar suporte aos contratos de açúcar, porque torna a produção brasileira mais competitiva. Portal do Agronegócio+1
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Também há impacto positivo de fatores externos, como os preços do petróleo, que influenciam a decisão de produção de etanol vs. açúcar nas usinas. Portal do Agronegócio
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Moagem de cana no Brasil em expansão
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A moagem no Centro-Sul do Brasil avançou, segundo a UNICA, o que eleva a produção de açúcar. Portal do Agronegócio
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O mix de produção das usinas também está mais voltado para açúcar (em vez de etanol), o que contribui para o aumento da oferta de açúcar. Portal do Agronegócio
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Exportações brasileiras recuam
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Apesar do aumento da produção, as exportações brasileiras de açúcar registraram queda em setembro de 2025. BBM Bolsa
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Isso pode indicar que parte do açúcar está ficando para abastecimento interno ou que há gargalos logísticos/exportação.
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Risco na Índia com pagamentos a fornecedores
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A ISMA (Associação Indiana de Açúcar e Bioenergia) alertou para risco de aumento de atrasos nos pagamentos aos produtores de cana, por causa de cortes na alocação de etanol e preços baixos de açúcar. The Economic Times
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Isso pode gerar pressão social e logística na indústria indiana, e potencialmente impactar a produção futura.
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Tarifa elevada no México
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O México impôs uma tarifa alta para importação de açúcar: 156% para açúcar comum, e 210,44% para açúcar líquido refinado. Reuters
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Essa medida visa proteger os produtores domésticos diante da queda dos preços globais, mas pode reduzir importações mexicanas e afetar fluxos comerciais de açúcar.
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2. Análise simplificada
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Por que o açúcar está barato agora?
Porque há muito açúcar no mundo: Brasil e Índia produziram bastante, o que gerou excesso de oferta. Com mais açúcar disponível que demanda, os preços caem. -
O que está sustentando uma recuperação recente?
O real mais forte torna o açúcar brasileiro mais valioso para exportação, e há incertezas sobre oferta global que ajudam a dar um “respiro” nos preços. -
Qual o risco para os produtores de cana?
Nos países como a Índia, os produtores podem ter problemas de caixa se não receberem os pagamentos da usina, especialmente se parte da cana deixar de ir para etanol (mudança no mix produção). No México, a alta tarifa para importar açúcar pode restringir os mercados de venda para produtores de fora. -
E o que podemos esperar para o futuro próximo?
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Se a produção continuar alta e a exportação não absorver esse excedente, os preços podem seguir pressionados.
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Por outro lado, se houver cortes na produção, ou se o câmbio continuar beneficiando os exportadores brasileiros, pode haver novas altas pontuais.
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Mudanças políticas (tarifas, subsídios, regras de etanol) em grandes países produtores/importadores podem alterar bastante o cenário.
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