O real forte é um “amortecedor” para os exportadores brasileiros

  1. Queda nos futuros internacionais do açúcar
    Nos mercados de Nova Iorque e Londres, os contratos futuros de açúcar encerraram com perdas expressivas. Isso se deve a um novo relatório da Unica apontando aumento da oferta, e também por expectativas de que a Índia possa exportar mais açúcar do que se estimava inicialmente. Portal do Agronegócio+3Notícias Agrícolas+3Notícias Agrícolas+3

  2. Produção brasileira em alta no Centro-Sul
    Na segunda quinzena de agosto, a região Centro-Sul do Brasil produziu cerca de 3,872 milhões de toneladas de açúcar — aumento de ~18,2% sobre o mesmo período do ano passado. A moagem de cana subiu também em torno de 10,7%. Forbes Brasil
    O teor de ATR (açúcares totais recuperáveis) caiu um pouco em comparação ao ano anterior, o que indica que, embora a produção aumente, pode haver limitações na qualidade ou eficiência. Forbes Brasil+1

  3. Índia como player decisivo / exportações esperadas
    A Índia poderá exportar até 4 milhões de toneladas de açúcar na safra 2025-26 — o dobro da estimativa inicial de 2 milhões. Isso pressiona preços internacionais à medida que aumenta a oferta global. Notícias Agrícolas+2Novacana+2

  4. Valorização do real reduz impacto das quedas para o Brasil
    Mesmo com pressão de queda nos preços internacionais, a valorização do real frente ao dólar tem ajudado a mitigar os efeitos para as exportações brasileiras, limitando perdas. Notícias Agrícolas+1


🔍 Análise

  • A combinação de oferta crescente (Brasil + possibilidade de maior exportação da Índia) com ATR um pouco mais baixo cria um cenário onde os preços podem permanecer pressionados para baixo no curto prazo, especialmente nos mercados internacionais.

  • Porém, o real forte é um “amortecedor” para os exportadores brasileiros, reduzindo o impacto da queda no câmbio-dólar.

  • A maior exportação indiana funciona como um elemento de incerteza: se confirmar esse volume elevado, o mercado pode reagir mais fortemente para baixo; se houver problemas logísticos ou climáticos, esse risco poderá limitar as quedas.

  • Do ponto de vista estratégico para empresas brasileiras do setor, pode haver oportunidades de realizar contratos antecipados ou fixar preços mais favoráveis enquanto há oferta; também atenção às margens no mix açúcar vs etanol, já que o ATR reduzido força trade-offs.

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