Queda contínua nos futuros e preços spot, impacto da produção elevada no Brasil

Notícias do Mercado de Açúcar (06/09 a 08/09/2025)

Contexto global

  • Em agosto de 2025, o índice global de preços de alimentos da FAO atingiu o maior nível em mais de dois anos, impulsionado principalmente pelo aumento nos preços do açúcar, óleo vegetal e carne Reuters.

  • A Organização Internacional do Açúcar (ISO) prevê um déficit global de açúcar de 231 mil toneladas na temporada 2025/26, o sexto ano consecutivo de déficit cscoop.net.

Situação no Brasil

  • A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil em meados de agosto aumentou 16% em relação ao ano anterior, com a moagem de cana para açúcar passando de 49,15% para 55% cscoop.net.

  • Apesar disso, a estimativa da Conab para a safra 2025/26 foi revisada para baixo, recuando 3,1% — agora projetada em 44,5 milhões de toneladas cscoop.netAInvest.

  • A produção global deve crescer – por conta da recuperação em países como Índia, Tailândia e Paquistão –, mas no Centro-Sul brasileiro é esperada uma leve queda na produção de cana, com um aumento modesto na produção de açúcar (~1,6%) Canaoeste.

Preços

  • Os futuros de açúcar (ICE) continuaram a recuar nos dias 3 e 4 de setembro, pressionados pela expectativa de maior produção no Brasil sugaronline.com.

  • No dia 5 de setembro, o preço do açúcar caiu para US$ 0,1559 por libra-peso, uma baixa acumulada de 17,5% em relação ao ano anterior; houve leve retração mensal de cerca de 2,65% Trading EconomicsTrading Economics.

  • Em 8 de setembro, o preço estava em torno de US$ 0,1558/lb, praticamente estável em relação ao dia anterior, mantendo a tendência de queda recente Trading Economics.


2. Resumo Executivo

Resumo do cenário atual (06–08/09/2025):

Fator Situação Atual
Produção global Déficit esperado em 2025/26, apesar de leve aumento na oferta global.
Brasil Safra revisada para baixo, mas Centro-Sul eleva moagem para açúcar.
Preços Queda contínua nos futuros e preços spot, impacto da produção elevada no Brasil.

Em síntese, apesar das revisões cautelosas de produção, o momento segue marcado por forte oferta doméstica no Brasil, gerando pressão de baixa nos preços e um ambiente ainda sensível a oscilações cambiais e climáticas.

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