Notícias do Mercado (23–25 de agosto de 2025)

O mercado internacional do açúcar segue pressionado por fundamentos baixistas, apesar de alguma liquidez interna. Em Nova York, o açúcar bruto para outubro/25 opera perto de 16,37 cents/lb (+0,12%), com queda para contratos futuros; em Londres, o açúcar branco para outubro/25 está em US$ 483,80/t (+0,25)BBMNET.
A produção no Brasil segue reduzida: a produção acumulada no Centro-Sul até julho caiu 7,8% na safra 2025/26, para 19,268 milhões de toneladasNotícias AgrícolasBBMNET.
Na Índia, a produção projetada para 2025/26 deve crescer 19%, para 35 milhões de toneladas, pressionando os preços globaisNotícias AgrícolasBBMNET.

As cotações fecharam com leves quedas em Nova York e variações mistas em Londres, segundo relatos publicados nas redes sociais e portais de commodityInstagram.
A Hedgepoint projeta exportações indianas de 1,5 milhão de toneladas para 2025/26, intensificando a pressão sobre os preçosNovacana.

Não foram encontradas notícias específicas com data de 25 de agosto, mas as tendências observadas nos dias anteriores se mantêm: ambiente de oferta global abundante, especialmente com reativação da Índia e Tailândia, e fundamentos desafiadores no Brasil em termos de produção, custos e clima.

Análise e Projeções

Oferta pressionada globalmente: a projeção de safras robustas na Índia e Tailândia eleva o excedente global; estimativas indicam mais de 2,5 milhões de toneladas excedentes entre 3º trimestre de 2025 e 3º trimestre de 2026Canaoeste.
Brasil vulnerável nos principais indicadores: moagens, produtividade (TCH), e qualidade (ATR) recuaram. A moagem estimada no Centro-Sul caiu 4,6%, TCH recuou 4,1% e ATR caiu ~1,6 p.p. em relação ao ciclo anteriorCNA+1.
Mix de produção direcionado ao açúcar: usinas estão priorizando o açúcar (aprox. 50–54% do ATR) para compensar a queda de volume com preços ainda atrativosCNABBMNET.
Custos elevados: fertilizantes, defensivos e insumos com alta de até 27%, encarecendo o custo agrícola (~R$ 166/t), pressionando rentabilidadeCanaoeste.
Geopolítica e câmbio: dólar elevado e tarifas potencialmente punitivas dos EUA reforçam riscos de volatilidade nos preços e competitividade brasileiraCZ appCanaoeste.

Preços permanecem contidos (16–17 cents/lb) — abundância de oferta e estoques elevados limitam subidas significativas no curto prazo; eventuais choques climáticos ou geopolíticos são os poucos gatilhos para reversão Canaoeste+2Canaoeste+2.
Foco interno em eficiência e custo: usinas precisam otimizar custos e operar com precisão técnica para manter margens, diante do mix açucareiro e dos custos mais altos.
Monitorar posição dos grandes players e dados sazonais: volumes vendidos pelos fundos e indicadores da safra (moagem, ATR) podem influenciar movimentos abruptos de preço.